|
|
Autor:
|
Jean-Claude Carrière
|
|
Editora:
|
Nova Fronteira
|
|
Páginas: | 221 | | Ano: | 2005 | | Temas: | Teorias do Cinema, Linguagem | | ISBN: | 8520906516 | |
Um dos principais roteiristas da Europa - Jean-Claude Carrière - analisa o vocabulário cinematográfico - câmera, ângulos, iluminação, a escolha dos atores e cenários, as mensagens subliminares contidas na técnica - e discute de que maneira este vocabulário foi sendo desenvolvido e utilizado por alguns dos melhores e mais inovadores diretores do nosso tempo. Ele explica ainda como os filmes alteraram a nossa percepção de tempo e como o roteiro desenvolveu a mídia visual. (Sinopse: Editora)
VOCÊ GOSTARIA DE:
SEU VOTO SOBRE ESTE LIVRO:
TRECHOS SELECIONADOS: ... Não surgiu uma linguaguem autenticamente nova até que os cineastas começassem a cortar o filme em cenas, até o nascimento da montagem, da edição. Foi aí, na relação invisível de uma cena com a outra, que o cinema realmente gerou uma nova linguagem. No ardor de sua implementação, essa técnica aparentemente simples criou um vocabulário e uma gramática de incrível variedade. Nenhuma outra mídia ostenta uma processo como este. (pág. 14) ... O primeiro homem a fazer a imagem tremer a fim de indicar uma mudança na percepção foi um verdadeiro inovador. O segundo copiou o primeiro, talvez aperfeiçoando o processo. Na terceira vez, o efeito já é um clichê ... É preciso inovar, ousar - e, de vez em quando, fracassar - para narrar e expor. (pág. 21) ... Constantemente deslumbrados com o progresso técnico, nós cineastas tendemos a esquecer a essência e o sentido - os quais são verdadeiros e raros - e a enxergar apenas as mesmas rotinas repetidas no mais recente disfarce técnológico ... (pág, 23) ... a grande porta se escancara e revela as intermináveis fantasias exaltadas que nos atolaram nos anos 70. Esse foi especialmente o caso da França, onde tantas vozes em off - geralmente monótonas - serviam como um acompanhamento enfadonho para imagens anêmicas. Todos queriam suas fantasias, suas lembranças, até mesmo suas idéias particulares. Todos se sentiam teoricamente autorizados a fazer isto e, mais tarde, era com dolorosa surpresa que viam seu trabalho desfrutar, no máximo, de dois ou três dias de exibição, num cinema pequeno e vazio. (pág. 46)
|