Sinopse: | A obra contém o forno. O forno contém a obra e ambos se auto-destroem em um movimento autofágico retornando ao primitivo, ao caótico, ao passional. Completando assim a sua gênese. Assim como na vida, vai-se a obra, permanece a experiência, as sensações e o aprendizado.
A proposta de uma escultora com a arte é transportar o fruidor a uma realidade virtual, uma quebra com o cotidiano, transformando, fracionando, rompendo com a noção de espaço e de tempo. O transporte a um universo paralelo, gerando sensações de força, provocação, desejo, raiva, amor, graça, humor.
Esse conceito se reflete no objeto no impulso para modelar o barro e nas chamas que transformam a matéria. O embate físico com a obra, amassar e modelar a argila, suor, dor, frio, calor, sol, chuva, vento. Todos esses elementos se interagindo com a obra, rompendo a noção espaço-temporal, confundindo criador e criatura.
Mais do que encontrar um significado, uma definição neste trabalho, a obra por si mesma, ressalta um resgate, um impulso que se move ao modelar o barro, a acender a primeira chama, a emoção com as labaredas, numa participação direta ou indireta com a elaboração do trabalho, que pretende se orientar em uma atividade social, com participação de diversos nichos sociais, como meio de se extravasar tudo que não pode ser dito em palavras.
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